O corte definitivo da Liga da Justiça vai sair, e agora?

Após dois anos de especulações, um dos maiores mitos do cinema de super-heróis se converteu em algo concreto. Ano que vem, sairá o corte de Zack Snyder para Liga da Justiça. Constando o que já era meio que óbvio que a versão que se assistiu no cinema não era a versão de Snyder mas sim por Joss Wheldon que foi contratado após o suicídio da filha de Snyder que aconteceu no começo de 2017. 

Em todas as redes e vídeos já pipocaram sobre o tema já que antes, já se considerava uma piada o DCEU até o exato dia do lançamento da Liga nos cinemas. Entretanto muita coisa mudou: os sucessos de bilheteria de Aquaman, Mulher Maravilha e Coringa, sendo que esse último ganhando Festival de Veneza, Oscar de Trilha Sonora e Melhor Ator para Joaquim Phoenix e ser o filme com a melhor relação entre custo e benefício de 2019; e os sucessos de crítica entre Shazam e Aves de Presa voltaram a trazer confiança para a DC.
Por outro lado, também acarretou a questão da vitória do fandom. Ou seja, não existe mais a necessidade de fazer um produto excelente, mas sim que agrade principalmente os admiradores dessa propriedade específica. E nos últimos anos, isso se converteu em uma dor de cabeça já que se nota a dificuldade de confiar nos autores e os produtores buscando ganâncias, buscarem a fazer mudanças graves ou censurar obras para que satisfaçam o público. Exemplos como a relação entre os produtores de Star Wars, os fãs e os diretores são perfeitos para compreender isso. 

Apesar do mesmo Snyder ter uma experiência fascinante com Watchmen e sua versão Ultimate que além de ser com mais de  210 minutos que incluída a versão do diretor e Os Contos do Cargueiro Negro, não é garantia de que sua Liga da Justiça seja um filme que vai colocar um ponto referencial na história dos filmes de herói por justamente os dois primeiros filmes do DCEU dirigidos por ele não terem sido abraçados pela crítica especializada e nem pelos fãs de comic por justamente não ter a devida planificação que teve por exemplo a Marvel nos seus filmes. 

Entretanto, apesar da negatividade que aconteceu nesses dois primeiros filmes da DCEU, Snyder é aquele tipo de diretor que você, espectador, sabe suas marcas registradas, que olhas uma cena específica e se dá conta que é o estilo de Snyder. Poucos diretores que trabalham nesse âmbito de adaptações têm um calibre autoral como ele. Mesmo caindo nas graças ou não, nesse âmbito de superprodução, ainda ele faz valer seu nome. 

Em tese, muitos vêem essa realização, algo ruim. Porém nunca se sabe que tipo de milagre que podem fazer. Em tempos de projetos onde a mão do produtor pesa muito mais do que o diretor, a concretização dessa versão é uma vitória importantíssima. Se o novo corte transforme em um filme relevante, bom para Snyder. Se não, a vida segue. Agora é só olhar para Superman II - The Donner's Cut e pensar, se aqui funcionou, veremos o que pode passar na Liga Da Justiça.  

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