Muitas
vezes o que significa ter uma continuação? Uma continuação tem que ter como
prioridade explorar elementos que transformaram o filme original em uma referência
para continuar. Ao mesmo tempo, uma continuação tem que semear seus próprios
passos para que não somente seja um bom filme, mas que também tenha seus
méritos. A Escolha Perfeita 2 aprende sua lição principal e faz com maestria
que é expandir o dinamismo do original com um elenco bem mais afiado e números
musicais bem mais divertidos, características que dizem o primeiro um sucesso.
Entretanto, faltou detalhes para que seja tão inesquecível quanto o primeiro.
A
trama se passa 3 anos após o original. As Bellas de Barden se transformaram em referência
na cultura da Capela americana. Mas após uma desastrosa apresentação ao
presidente dos Estados Unidos, o nome do grupo foi para o lixo e a única
oportunidade de voltar ao status de gloria é ganhando a "Copa do Mundo"
da Capela contra o grupo alemão Das Sound Machine. Ao mesmo tempo, Becca (Anna
Kendrick) tenta sua oportunidade em trabalhar em uma produtora musical e tentar
seu nome; e o grupo tem que lidar com a chegada da novata Emily (Hailee
Steinfield) que tenta carregar o legado da mãe, uma legendária Bella.
A história principal do filme não se nega, foi bem trabalhada. As tentativas das
Belas de voltarem ao topo são bem divertidas e também acontece alguns momentos
replay do primeiro que é a batalha de grupos de Capela que está bem mais
divertida em comparação ao original. Além do fato que como o elenco está bem
entrosado, ver os rostos conhecidos em novas aventuras se torna divertidos. Em
contraponto, parece que nenhuma história paralela tem aquele brilho como
deveria, como aconteceu no primeiro filme apesar do romance de Emily com o
mágico do primeiro filme e Fat Amy (Rebel Wilson) com Bumper (Adam Devine)
darem um brilho a mais.
A
estreia de Elizabeth Banks como diretora apenas repetiu o passo a passo do
primeiro filme com Jason Moore. Se notou a insegurança para criar o clímax
final do filme, entretanto, a edição da apresentação da Bellas foi orquestrada
de uma maneira bem mais efetiva que foi a do primeiro filme. O resto, não tinha
muito o que fazer. Talvez o que se ajudou muito a favor dela, é de como ela
utilizou todo o universo da Capela ao seu favor e explora bem isso. Além disso,
até as músicas desse filme em comparação ao anterior conseguem ser mais
interessantes pelo uso da capela.
O
trunfo de A Escolha Perfeita 2 está no dinamismo entre suas músicas, seu
elenco, no seu estilo e no seu humor. Claro que por ter em alguns momentos a
mão pesada de Banks é visível, mas mesmo assim, a própria história ou melhor, o
próprio universo das Bellas de Barden é tão satisfatório que os erros se passam
por alto. A única coisa que realmente incomoda quando termina o filme é quando
sabes que esse filme vai ganhar uma terceira parte. Claro que se o filme for
ótimo, não se reclama para nada. Mas nem toda comédia que começou timidamente e
ganhou seu público pode terminar bem. The Hangover Saga ... anyone?
***¹/²
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