Hoje, quando se vê inumeras adaptações de um livro para o cinema podemos chamar de remakes? Claro que não. Por isso que fica muito dificil afirmar ou pelo menos validar com coerencia que a adaptação do diretor David Fincher, Os Homens Que Não Amavam as Mulheres como um remake copy paste da adaptação sueca que saiu a alguns anos atrás e que despontou a grande atriz Noomi Rapace que se imortalizou como a mistériosa hacker Lisbeth Salander.
A nova adaptação literaria ficou no cargo de Steven Zaillian, que está indicado a melhor roteiro adaptado junto com Aaron Sorkin em O Homem que Mudou o Jogo, diferente a adaptação sueca, foca muito mais e de uma maneira mais sedutora do que o caso em si. Todos os personagens chaves da trama ganharam um desenvolvimento mais profundo que o original, principalmente o Mikeal, brilhantemente interpretado por Daniel Craig, no qual se descobre mais detalhes ao personagem que eram ausentes ao filme original.
A composição de Lisbeth Salander por Rooney Mara merece um destaque interessante. Um dos pontos fundamentais sem duvida foi a não repetição dos traços de Noomi Rapace e assim distanciando dos filmes suecos. A Lisbeth de Mara tem um mistério latente. Como uma camaleoa, não consegue repetir em nenhum momento seu visual. Muitas vezes seus olhos trasmitem delicadeza e irã. Talvez seja a maior vitória do filme é a indicação dela como Melhor Atriz em um ano que realmente promete uma briga de gladiadoras. Sem duvida, um grande giro para uma atriz que encontrou um diretor perfeito para aflorar seu talento.
Por falar em Fincher. A cada ano o seu estilo continua sendo polido e mais arrebatador que nunca. Parece que tudo que se viu em A Rede Social é potencializado. Fincher, ao contrário da adaptação sueca, se torna um arquiteto de situações nos quais ao lado da trilha sonora arrebatadora de Trent Renzor (duas maiores e mais duras ausencias no Oscar desse ano) não deixa que em nenhum momento piscamos aos olhos ao admirar o seu universo para o livro de Steig Larsson e a riqueza de seus personagens.
Sem duvida, a adaptação de Fincher de Os Homens Não Amavam As Mulheres consegue ter um fator fundamental em comparação o que é o livro e o que faltou na adaptação sueca que foi o deslumbre e o fascinio total do que é a história em si. Mais uma vez o filme talvez coloque em cheque os debates sobre os remakes em um ponto: uma visão particular pode fazer uma diferença em um remake? Podemos dizer que já passou a ser a uma adaptação bem sucedida? O debate é longo e talvez merece espaço em um outro texto já que o fundamental é dito: Fincher faz mais uma obra prima e que 2012 já tem um forte candidato a um dos melhores do ano.
Ficha Técnica
The Girl with the Dragon Tattoo
Diretor: David Fincher
Elenco: Daniel Craig, Rooney Mara, Christopher Plummer, Stellan Skarsgård, Steven Berkoff, Robin Wright, Yorick van Wageningen, Goran Visnjic e Joely Richardson.
Gênero: Suspense
Cotação: 100% - *****
Indicado ao Oscar 2012
Melhor Atriz - Rooney Mara
Melhor Efeitos Sonoros
Melhor Edição de Som
Melhor Montagem
Melhor Fotografia
A nova adaptação literaria ficou no cargo de Steven Zaillian, que está indicado a melhor roteiro adaptado junto com Aaron Sorkin em O Homem que Mudou o Jogo, diferente a adaptação sueca, foca muito mais e de uma maneira mais sedutora do que o caso em si. Todos os personagens chaves da trama ganharam um desenvolvimento mais profundo que o original, principalmente o Mikeal, brilhantemente interpretado por Daniel Craig, no qual se descobre mais detalhes ao personagem que eram ausentes ao filme original.
A composição de Lisbeth Salander por Rooney Mara merece um destaque interessante. Um dos pontos fundamentais sem duvida foi a não repetição dos traços de Noomi Rapace e assim distanciando dos filmes suecos. A Lisbeth de Mara tem um mistério latente. Como uma camaleoa, não consegue repetir em nenhum momento seu visual. Muitas vezes seus olhos trasmitem delicadeza e irã. Talvez seja a maior vitória do filme é a indicação dela como Melhor Atriz em um ano que realmente promete uma briga de gladiadoras. Sem duvida, um grande giro para uma atriz que encontrou um diretor perfeito para aflorar seu talento.
Por falar em Fincher. A cada ano o seu estilo continua sendo polido e mais arrebatador que nunca. Parece que tudo que se viu em A Rede Social é potencializado. Fincher, ao contrário da adaptação sueca, se torna um arquiteto de situações nos quais ao lado da trilha sonora arrebatadora de Trent Renzor (duas maiores e mais duras ausencias no Oscar desse ano) não deixa que em nenhum momento piscamos aos olhos ao admirar o seu universo para o livro de Steig Larsson e a riqueza de seus personagens.
Sem duvida, a adaptação de Fincher de Os Homens Não Amavam As Mulheres consegue ter um fator fundamental em comparação o que é o livro e o que faltou na adaptação sueca que foi o deslumbre e o fascinio total do que é a história em si. Mais uma vez o filme talvez coloque em cheque os debates sobre os remakes em um ponto: uma visão particular pode fazer uma diferença em um remake? Podemos dizer que já passou a ser a uma adaptação bem sucedida? O debate é longo e talvez merece espaço em um outro texto já que o fundamental é dito: Fincher faz mais uma obra prima e que 2012 já tem um forte candidato a um dos melhores do ano.
Ficha Técnica
The Girl with the Dragon Tattoo
Diretor: David Fincher
Elenco: Daniel Craig, Rooney Mara, Christopher Plummer, Stellan Skarsgård, Steven Berkoff, Robin Wright, Yorick van Wageningen, Goran Visnjic e Joely Richardson.
Gênero: Suspense
Cotação: 100% - *****
Indicado ao Oscar 2012
Melhor Atriz - Rooney Mara
Melhor Efeitos Sonoros
Melhor Edição de Som
Melhor Montagem
Melhor Fotografia
Assisto a esse filme amanhã e estou ansiosa. Espero gostar tanto quanto você. :)
ResponderExcluirTens todas razão, João, mais do que um remake é uma nova versão, com muito mais alma, suspense e tensão. Eu gostei muito da versão de Fincher.
ResponderExcluirbjs
Gostei sim, mas não me emocionou.
ResponderExcluirE a Rooney Mara tá ótima mesmo, uma bela revelação...
O Fincher amadureceu bastante nos últimos anos, mas o material que ele tem na mão não parece que não ajuda muito. Devo ver o filme ainda esta semana, tenho boas expectativas.
ResponderExcluirVi o filme e olha, eu gosto mais dessa versão do que a original sueca. Acho que o Fincher conferiu força, ritmo frenético e potência à narrativa, mas a história me parece ainda farsesca e mau desenvolvida. A investigação me soa capenga, baseada mais em achismos do que em constatações de fato, e as histórias particulares de Mikael e, principalmente, de Lisbeth são muito interessantes para estarem espremidas no meio do roteiro. Enfim, acho que o gás que o Fincher injetou no filme serviu mais para "esconder" esses problemas de roteiro, o que em mim funcionou em partes, mas que ainda me incomoda em alguns detalhes. Gosto do filme, mas não consigo vê-lo como grande trabalho.
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