A
Freira chegou aos cinemas estendendo ainda mais um universo que começou timido
e simples e hoje é uma das franquias de terror de maior sucesso da atualidade:
The Conjuring Francise, filmes baseados nos relatos do casal Warren. O sucesso
da franquia é tão absurda que com o orçamento dos 5 filmes junto (Invocação do
Mal 1 e 2, Anabelle 1 e 2 e A Freira) é de 103 milhões de dólares e a
arrecadação dessa mesma franquia já bate a cifra dos 1,5 bilhões de dólares.
A
história essa pré-sequência se passa nos anos 50 foca em um padre caçador de
milagres e uma jovem noviça britânica que foram designados para investigar um
suposto suicídio que acontece em um convento que fica em uma vila remota da
Romania. E lá tanto o padre quanto a jovem noviça se deparam com uma força do
mal que só tem um simples propósito, sair desse convento e espalhar o mal pelo
mundo.
É
valioso e importante ressaltar a beleza de produção desse filme. Mesmo custando
relativamente alto para o gênero (22 milhões de dólares) é de admirar a direção
de arte do filme. Além de ter uma ótima fotografia, sabe muito bem implementar
os efeitos de computação com alguns efeitos práticos que em muitas cenas
conseguem impressionar bem ao espectador. Também isso se deve muito ao
maravilhoso trabalho de Taissa Farmiga que transmite o sentimento de inocência
e assombro no olhar. Um olhar tão marcante quanto a irmã, Vera Farmiga.
Entretanto,
a história do filme é bem fraca. Se nota uma tremenda lentidão para começar a
ter algo e mesmo assim se poderia trabalhar fatos como eram as freiras antes do
Segundo Concílio do Vaticano, fato que mudou drasticamente a figura do
noviciado no catolicismo e por aí vai. Por outro lado, existe um detalhe bem
interessante de como foi lançado o mal no convento, através de um bombardeio
durante a segunda guerra. Se poderia tratar bem o demônio do filme como a
figura das consequências da guerra na Europa e de como esse “demônio” ainda não
foi exorcizado da vida de muitas pessoas da região.
A
Freira pode passar bem longe do frescor dos filmes anteriores, entretanto não
deixa de ser um entretenimento sólido e até mesmo ideal para aqueles que acham
que os jump scares sejam um ótimo recurso de terror. Apesar de ter um tema que
tem um leque bastante vasto, ir às vezes para um caminho da obviedade não é em
nenhum momento algo negativo, porém se comparar com o panorama do cenário do
terror atualmente, A Freira deixa de perder muitos pontos por ir nesse caminho
dos sustos fáceis.
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