Postagem dupla: Hot Summer Nights\ ManHunt

Hot Summer Nights consegue ter elementos que ajudam a vender o filme sem precisar em nenhum momento ver o trailer. Ter no elenco Timothée Clément e Maika Monroe em uma suposta história de amor que se passa em um verão americano no começo dos anos 90. Entretanto quando se assiste o filme se ganha alguns elementos. Alguns surpreendem positivamente e outros nem tanto.

A trama segue um jovem chamado Daniel que vai para a costa de Massachusetts e não consegue se encaixar com ninguém que era comum nessa época do verão. Porém ao encontro de Hunter, um traficante de maconha sem grandes inspirações e a misteriosa McKayla, a vida de um Zé ninguém mudará para sempre os rumos desse verão de 1991.

Hot Summer Nights não se nega em nenhum momento sua vibe estilosa que marca o início dos anos 90. Porém a fragilidade que toma os rumos da trama e principalmente um terceiro ato extremamente duvidoso quase faz que o filme seja um desperdício de talento. A sorte é que tanto Maika quanto Timothée fazem a diferença e transforma o filme em uma reflexão simples da sociedade americana no começo dos anos 90.



Muitos ainda questionam a questão se o cinema autoral fica somente restringido aos grandes diretores do cinema. Entretanto muitos conseguem ainda imprimir suas características em projetos que podem acertar a marca da excelência ou a beira da mediocridade. E mesmo assim, existe a possibilidade de tudo isso passar diante dos olhos e ninguém se dar conta. Um desses exemplos é o mais recente filme de John Woo, a fita de ação ManHunt.

Um advogado chinês de uma empresa farmacêutica japonesa é acusado de um crime que não cometeu e se transforma foragido da polícia. A trama por um lado por ser tão simplista se permite em dar liberdade para o estilo de Woo. Tiroteios acrobáticos, perseguições de lança, luta com câmera lenta e pombos voando. Sim, é o Woo que a América conheceu durante a década de 90.  E no caso desse filme, ao menos camuflar os problemas que a história tem e de como deixa de ser uma perseguição simples para um terceiro ato exagerado e por muitas vezes, forçado até o mais simplório dos espectadores.

ManHunt serve por um certo ponto como um exercício de gênero para aqueles que são admiradores de John Woo. Mesmo com uma história que perde o fio da meada e estranhas decisões de uma hora o elenco falar inglês e depois sua língua nativa, o filme não deixa de ser extremamente divertido e com tiroteios característicos de Woo. Claro que o cinema de ação oriental chegou a um novo patamar nesta década, mas sempre é bem vindo um filme com a marca de um mestre.

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