“Há muitos segredos no Distrito 9” com essa frase direta e ao mesmo tempo incisiva, inicia uma analise do que um filme que possivelmente será um novo clássico da ficção cientifica. Aclamado pela critica, Distrito 9 é um filme dirigido pelo sul africano Niell Blomkamp baseado no curta Alive in Joburg e produzido e apresentado por Peter Jackson, que dispensa comentários. Porém qual é o verdadeiro segredo do sucesso desse filme?
No inicio da década de 80, uma nave alienígena para na maior cidade da Africa Do Sul por mero engano. Durante a chegada dos alienígenas, foi criado um órgão responsável para a monitória desses novos inquilinos, a MNU, apesar de ser extremamente questionável seus propósitos. E com isso surgiu o Distrito 9, uma zona limitada e extremamente vigiada. De acordo com os anos, a insatisfação de vizinhos com os alienígenas chega aos limites do insuportável.
Agosto de 2010 é considerado um ponto importante entre essa organização e os alienígenas. A criação de um novo setor para eles foi construído e que irá liderar a mudança de localidade é Wikus Van Der Merve, um dedicado funcionário dessa empresa. Porém nas inspeções as instalações do Distrito 9, algo de estranho acontece e inicia uma mudança significativa sobre esse local onde ainda esconde segredos obscuros.
Assim como a pergunta lançada no texto, acredito que muitos blogueiros questionaram o poder dessa frase exerce entre o publico e o projeto. Muitos não acreditaram no que viram ou acharam um projeto tão simplista ou dinheiro jogado fora. Distrito 9 reside sua força em uma palavra em si que faz a diferença desde seu inicio até o seu final incrivelmente simbólico: conjunto.
O roteiro escrito pelo Niell Blomkamp demonstra criticas visíveis sobre o racismo sendo que do ponto de vista entre humanos e alienígenas no qual mostra o pior âmbito no qual, mesmo sendo um ser estranho, ser tratado por muitas vezes pior que um animal, isso é retratado em muitas cenas. Também mostra por muitas vezes a fragilidade das corporações que sempre tem outros olhos, e principalmente alguns que usam a benevolência para ter mais riqueza ou algo mais, assim lembrando os problemas das empresas de saúde que usavam africanos como cobaias de seus inescrupulosos remédios.
Porém não só se reside em momentos críticos político-social. O filme mostra uma transformação comportamental de Wikus (aliado a uma soberba atuação de Sharlto Copley) no qual é dado o papel de caçador para caçado. E sentir a sua pele a sensação e o descaso com os alienígenas. Dando destaque a uma das cenas mais inquietantes quando ele usa a força as armas dos alienígenas. Uma das grandes forças do filme está ai, o desmascaramento da humanidade, no qual por muitas vezes acreditamos que criamos compaixão mas no filme, os humanos, ou que se dizem ser, conseguem criar um comportamento tão asqueroso e tão real sentimos vergonha em saber que existem homens assim nesse mundo.
Outro ponto importante é o seu orçamento. 30 milhões de dólares foi o seu orçamento.
Lembrando que qualquer filme blockbuster de ponta é 70 milhões para cima, porém fazendo uma cartilha interessante de barateamento como em filmar em local barato, atores desconhecidos, bom uso dos efeitos especiais e visuais e acima de tudo em acreditar no potencial do seu projeto foi um dos trunfos do filme. O visual dos alienígenas, os efeitos visuais da nave, um belíssimo trabalho de maquiagem feito para o personagem de Wikus e as seqüencias de ação que explodem na cara do espectador no seu terceiro ato que consegue colocar muitos filmes de ação no chinelo como Transformers 2 e Comandos em Ação que tinham o triplo de seu orçamento e deu no que deu.
Distrito 9 é um filme onde o principal destaque é o trabalho em conjunto de todos que participam e entregam para nós, espectadores famintos por algo diferente, uma pequena perola do gênero calcada em debates filosófico-sociais misturada com o principal fundamento da ficção cientifica que é de como nos, humanos, lidamos com o desconhecido e que nos final, descobrimos que desconhecemos a si mesmos. Com certeza, ao lado de Up e Bastardos Inglóriosos como os melhores filmes do ano.
Ficha Tecnica
Distito 9 (District 9)
Diretor: Niell Blomkamp
Elenco: Sharlto Copley e outros
Gênero: Ficção Cientifica/Drama/Ação/Documentário
Cotação: 100%
No inicio da década de 80, uma nave alienígena para na maior cidade da Africa Do Sul por mero engano. Durante a chegada dos alienígenas, foi criado um órgão responsável para a monitória desses novos inquilinos, a MNU, apesar de ser extremamente questionável seus propósitos. E com isso surgiu o Distrito 9, uma zona limitada e extremamente vigiada. De acordo com os anos, a insatisfação de vizinhos com os alienígenas chega aos limites do insuportável.
Agosto de 2010 é considerado um ponto importante entre essa organização e os alienígenas. A criação de um novo setor para eles foi construído e que irá liderar a mudança de localidade é Wikus Van Der Merve, um dedicado funcionário dessa empresa. Porém nas inspeções as instalações do Distrito 9, algo de estranho acontece e inicia uma mudança significativa sobre esse local onde ainda esconde segredos obscuros.
Assim como a pergunta lançada no texto, acredito que muitos blogueiros questionaram o poder dessa frase exerce entre o publico e o projeto. Muitos não acreditaram no que viram ou acharam um projeto tão simplista ou dinheiro jogado fora. Distrito 9 reside sua força em uma palavra em si que faz a diferença desde seu inicio até o seu final incrivelmente simbólico: conjunto.
O roteiro escrito pelo Niell Blomkamp demonstra criticas visíveis sobre o racismo sendo que do ponto de vista entre humanos e alienígenas no qual mostra o pior âmbito no qual, mesmo sendo um ser estranho, ser tratado por muitas vezes pior que um animal, isso é retratado em muitas cenas. Também mostra por muitas vezes a fragilidade das corporações que sempre tem outros olhos, e principalmente alguns que usam a benevolência para ter mais riqueza ou algo mais, assim lembrando os problemas das empresas de saúde que usavam africanos como cobaias de seus inescrupulosos remédios.
Porém não só se reside em momentos críticos político-social. O filme mostra uma transformação comportamental de Wikus (aliado a uma soberba atuação de Sharlto Copley) no qual é dado o papel de caçador para caçado. E sentir a sua pele a sensação e o descaso com os alienígenas. Dando destaque a uma das cenas mais inquietantes quando ele usa a força as armas dos alienígenas. Uma das grandes forças do filme está ai, o desmascaramento da humanidade, no qual por muitas vezes acreditamos que criamos compaixão mas no filme, os humanos, ou que se dizem ser, conseguem criar um comportamento tão asqueroso e tão real sentimos vergonha em saber que existem homens assim nesse mundo.
Outro ponto importante é o seu orçamento. 30 milhões de dólares foi o seu orçamento.
Lembrando que qualquer filme blockbuster de ponta é 70 milhões para cima, porém fazendo uma cartilha interessante de barateamento como em filmar em local barato, atores desconhecidos, bom uso dos efeitos especiais e visuais e acima de tudo em acreditar no potencial do seu projeto foi um dos trunfos do filme. O visual dos alienígenas, os efeitos visuais da nave, um belíssimo trabalho de maquiagem feito para o personagem de Wikus e as seqüencias de ação que explodem na cara do espectador no seu terceiro ato que consegue colocar muitos filmes de ação no chinelo como Transformers 2 e Comandos em Ação que tinham o triplo de seu orçamento e deu no que deu.
Distrito 9 é um filme onde o principal destaque é o trabalho em conjunto de todos que participam e entregam para nós, espectadores famintos por algo diferente, uma pequena perola do gênero calcada em debates filosófico-sociais misturada com o principal fundamento da ficção cientifica que é de como nos, humanos, lidamos com o desconhecido e que nos final, descobrimos que desconhecemos a si mesmos. Com certeza, ao lado de Up e Bastardos Inglóriosos como os melhores filmes do ano.
Ficha Tecnica
Distito 9 (District 9)
Diretor: Niell Blomkamp
Elenco: Sharlto Copley e outros
Gênero: Ficção Cientifica/Drama/Ação/Documentário
Cotação: 100%
Realmente, um filmaço!
ResponderExcluirMelhor ficção-científica do ano, juntamente com Star Trek (Esta última com um orçamento bem maior).
Vejamos Moon, que também recebeu muitos elogios.
Não sei se o diretor colocou de propósito, mas vemos no filme ecos de Tropas Estelares, como suas críticas sociais ácidas e A Mosca, quanto à transformação de Wikus.
Pra mim é uma grande idéia, mas a mão pesada do diretorzinho me incomodou.
ResponderExcluirPerdi nos cinemas, infelizmente. Mas vou procurar ver logo, logo.
ResponderExcluirÉ um filme criativo e diferente, porém que se perde totalmente no ato final. De qualquer forma, fica na minha lembrança por ser um dos poucos filmes de ficção científica que gostei! :-)
ResponderExcluirFiquei de conferir... devo baixar!
ResponderExcluirTudo que um fã de bom cinema poderia desejar.
ResponderExcluirGustavo - Faço as minhas palavras a sua ...
ResponderExcluirRobson - confira logo cara ... mereces ...
Milla - Acredito que não se perde no final mas com certeza se vc gostou ... é classic!
Wally - Me arrependo em ter perdido aqui (problemas financieros)
Bruno - a mão pesada se torna perdoavel a partir do momento em que o conjunto é aplicado com competencia e qualidade.
Iberston - Star Trek é o melhor blockbuster do ano, mas Distrito 9 é muito além do que nós mesmos acreditamos.
Abraços