The Square

Em tempos nos quais o senso comum mediante a uma arte arrojada se transforma em um espelho bizarro de como a sociedade não entende arte ou em palavra mais dóceis, conceitos preestabelecidos de arte que foram ditadas a sociedade que não acompanhou a própria arte em si ao longo dos anos. Por esse ponto de partida, The Square ou O Quadrado se preferirem consegue criar um incômodo não sobre a arte, mas sobre a perspectiva de um sobre a mesma.


O curador de arte Christian está tentando promover uma nova exibição de arte no museu sueco. A obra em si se chama O Quadrado de Lola Arias e em palavras dele: O Quadrado é um santuário de confiança e cuidado. Dentro disso, todos compartilhamos direitos e obrigações por igual. E o filme acompanha o dia a dia do curador desde do momento que a obra chega ao museu até sua exibição.


O filme ganhou a Palma de Ouro em Cannes desse ano e já vem considerado uma das maiores forças para ganhar o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. O filme ele carrega um tom de humor bastante negro e ao mesmo tempo, extremamente inteligente. Claro que o humor e também a carga dramática vem sobre como eles trabalham essa ideia de arte a pessoa comum. E mais ainda, esses sentimentos cruzados sobre a arte são carregados pela perspectiva do curador, brilhantemente interpretado por Claes Bang. Além disso, também acontecem pequenas mas brilhantes interpretações de Elizabeth Moss como uma repórter americana e Terry Notary como um artista que se comporta como um macaco.

Mesmo com um terceiro ato que não consegue carregar o brilho do filme, The Square é uma excelente comédia com toques geniais de drama que faz pensar após a sua sessão. Claro que também é uma ótima lembrança do quanto é importante ir a museus e absorver novas perspetivas sobre a arte. E sobre The Square, talvez assim como uma moldura de luz no chão, o filme deixa sua marca e brilhantismo que um pode perceber de imediato … ou assim como em qualquer pintura, com o tempo.

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