Rei Arthur: A Lenda da Espada

Existem casos interessantes de filmes que utilizam recursos diferenciados para contar uma história. Pode citar o exemplo de The Love Witch que utiliza os efeitos e recursos do movimento giallo para contar uma história romantica de uma bruxa. Ou a rotoscopia digital que foi utilizada em A Scanner Darkly de Richard Linklater para adaptar um conto de Phillip K. Dick. Já o novo filme de Guy Ritchie, Rei Arthur: A Lenda da Espada, faz algo que é bem recorrente da sua filmografia que é seu estilo frenetico de edição e cortes rápidos. Entretanto, não é um tipo de recurso que ajuda a contar uma história classica.

Na visão de Guy Ritchie existe a questão dos elementos classicos do conto: a existencia de Excalibur, que ela foi tirada de uma pedra e aquele que tira essa arma da pedra, se tornaria o novo rei da Inglaterra. Entretanto a visão de Ritchie detem todos os elementos que todos conheceram desde seus primeiros filmes. Entretanto, como a história de Arthur é além de classica e querida por muitos, existe uma obrigação no diretor e na equipe em criar uma história que o espectador possa ter essa conexão e em muitas cenas não consegue para nada. Não que o estilo de Ritche seja ruim, apenas não consegue encaixar como deveria ser.

Ainda sim, existem interessantes momentos dentro do filme. Ao começar com a impressionante sequencia inicial com seu tom bem denso e aquela sensação exagerada e ao mesmo tempo bem vinda de fantasia e aventura mágica. Outro ponto também é de como Ritchie traz o silencio pausado nas cenas de mortes de personagens importantes para a trama, deixando uma estetica bem simbolica e até linda dentro de sua filmografia. Ao resto para se destacar é a incrivel e poderosa trilha sonora de Daniel Pemberton que se casa de uma maneira perfeita ao estilo e a proposta de Ritchie para a trama. 


Rei Arthur: A Lenda da Espada detem um conjunto de erros e acertos. Os acertos vem pela sua direção energica de Ritchie em muitos momentos e ainda se permite em fazer cenas belissimas porém o seu proprio estilo muitas vezes se choca com a história classica e por muitas vezes pode fazer que o espectador que cresceu vendo Excalibur e A Espada Era A Lei um pouco fora de lugar. Talvez não fará aquele sucesso estrondoso já que pode ser o primeiro grande fracasso do ano, porém mediante aos filmes em cartaz, sempre é valido ver um diretor que tem suas marcas autorais na tela, mesmo não sendo a sua obra prima.


Comentários

  1. Tem alguma comédia, magia e lendas que foi o que eu gostei da versão. Sinto que história é boa, mas o que realmente faz a diferença por ser um Charlie Hunnam filmes. Sua participação neste filme, já que pela grande experiência que eles têm no meio da atuação fazem com que os seus trabalhos sejam impecáveis e sempre conseguem transmitir todas as suas emoções.

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