O novo Resident Evil volta as origens. Com uma
atmosfera opressora e momentos de calafrios intensos, o novo capítulo da
consagrada franquia de terror volta a sua consagração. Esses elogios se dão
conta para o novo jogo de Resident Evil 7 – BioHazard que saiu esses dias para
o PS4, XboxOne e agora para o computador. Ao mesmo tempo saiu o ultimo capitulo
da franquia do cinema que começou em 2002 e agora chega ao seu devido fim.
O novo filme de Paul W.S. Anderson e estrelado
pela Milla Jovovich promete o que realmente cumpre desde seu primeiro minuto
até o final: que estamos testemunhando o último capítulo da saga da personagem
Alice dentro do universo “alternativo” de Resident Evil. A trama se passa após
os eventos do último filme. Alice recebe uma comunicação da Rainha Vermelha que
explica a heroína que existe uma cura para o T-Virus. O problema é que o
antidoto está dentro da Coméia, e Alice tem apenas pouco tempo para chegar no
lugar e salvar toda a humanidade.
Hoje se discute muito a questão da falha das
adaptações de jogos ao cinema atualmente e de como Warcraft e Assassin’s Creed
por um lado decepcionaram de uma maneira geral tanto o espectador e o gamer em
si. Mas no caso de Resident Evil passa por um caminho misterioso e até
interessante. O maior sucesso de Resident Evil no cinema está pelo fato de
conseguir compreender o caminho que queria seguir. Ao invés de ser uma cópia
carbono dos primeiros jogos, Paul W.S. Anderson pegou o que para ele era
essencial para que todos que não conhecem a saga dos jogos se interessam. Além
claro de criar personagens novos para a saga.
Mas o declínio de “qualidade” para Resident
Evil nos cinemas começou quando introduziu personagens dos jogos no cinema e ao
invés de terem as mesmas posturas dos jogos, apenas se transformaram em
cosplays de luxo. Fora que também a franquia se transformou em uma locomotiva
de ação desenfreada que muitos dizem: isso está longe do que é Resident Evil.
Mal sabiam que os jogos iriam seguir o mesmo caminho que tomou o cinema. Entre
o Resident Evil 4 até o Resident Evil 6, a franquia de jogos se transformou em
uma avalanche de ação do começo até o fim.
Se torna até engraçado por que o tom que foi introduzido ao novo jogo de
Resident Evil passa longe do que a franquia no cinema tentou passar durante os
anos.
O novo filme chega a um momento que você se
pergunta: história, para que? O filme é tão autoconsciente do que está
acontecendo que só existe algo de história na última parte do filme que é uma
das mais interessantes de toda a franquia e talvez a mais reveladora. Mas
enquanto o resto é do tipo: desculpa para ação, desculpa para introduzir
personagens novos, desculpa para matar personagens novos que não importa nada
para a trama.
Paul W.S. Anderson deixa de lado aquela ação
lenta para desculpar ao espectador do por que está pagando pelo 3D e agora está
bem mais sóbrio e até com uma direção mais ágil. As cenas de ação não são
aquelas bem inspiradas, mas ao menos consegue ser bem mais divertida em
comparação aos dois capítulos anteriores. Entretanto, a edição desse filme é
literalmente desastrosa. São tantos cortes rápidos que em alguns momentos
parece que existem mais de 8 ou 10 cortes em menos de 10 segundos. Em alguns
momentos chega a ser desastroso o que está acontecendo.
Resident Evil: O Capítulo Final se torna um
prazer pelo fato de que a franquia no cinema chegou ao seu fim. Apesar dos
defeitos colossais, ao ponto de ser autoconsciente do que é e demonstrar que é
aquilo e não vai mudar, transforma a experiência um pouco mais tolerável. A maldição
dos jogos no cinema talvez continue por enquanto, mas ao menos e talvez pela
primeira vez, se torna interessante torcer para uma ótima adaptação, mas não
devemos esquecer que as maiores obras da literatura e dos quadrinhos levaram
décadas para uma ótima adaptação. Para os jogos também vai por essa onda. Como
na música Zona de Promesas de Soda Stereo, demora em chegar, mas no final, tem
uma recompensa.
Não tive a coragem de conferir esse. Talvez um dia, em uma tarde chuvosa.
ResponderExcluirFaz bem isso (???) :)
ResponderExcluirconfesso que desisti da franquia logo no primeiro filme :/
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