Como Ser Solteira chegou aos
cinemas nesse ano e passou bem, mas bem desapercebido. O filme é produzido por
Drew Barrymore e mesmo estrelado por Rebel Wilson, Alison Brie e
Leslie Mann, a produção é um veículo claríssimo de elevar Dakota Johnson, a
atriz de 50 Tons de Cinza a um patamar de uma estrela de comédia romântica com
tons dramáticos. Ou seja, a maioria das comédias românticas de hoje.
Entretanto, mesmo com alguns elementos que supostamente
funcionam, mas na pratica, quase nada disso funcionou.
O ponto de partida do filme relata os diferentes casos
de solteiros que existem nos dias de hoje. Aqueles que estão solteiros por
aproveitar a vida (Wilson), aqueles que estão solteiros mas por um lado
precisam de uma companhia (Mann), aqueles que apenas querem ter o status de bon vivant e detestam o
compromisso (Anders Holm), aqueles que o comportamento de buscar uma relação
séria mas assustam os outros pela abordagem (Brie) e por ultimo a
personagem de Johnson, Alice.
Ela conheceu o namorado durante o início da
faculdade e hoje, em um estranho acordo com o mesmo para dar um tempo entre os
dois para a mesma tentar encontrar a si mesma acreditando que está
temporariamente solteira vai ajudar entretanto, enquanto o tempo passa, ela
descobre que não é tão bem assim.
De antemão, a realidade: o filme é ruim. Não se sabe o
que aconteceu mas a história do filme não consegue deixar uma ótima
sensação no espectador. Claro que se nota durante a projeção que Alison Brie e Rebel Wilson estão aí de
alívio cômico é que nem todas as piadas funcionam como deveriam. Leslie Mann
que aparece pouco consegue roubar mais atenção que a própria protagonista. Entretanto, a ruindade
do filme está em um nome: Dakota Johnson.
A moça passa longe de ter qualquer apelo. Em histórias
como essa, que fazem questionar sobre o significado de estar solteiro pode ser
uma faca de dois gumes. Da mesma maneira que fala sobre o que gera
o bem estar de estar acompanhado. Entretanto, se não existe empatia, todo esse
questionamento vai para o ralo. A aversão que a moça cria por sua ruindade de
atuar e das péssimas escolhas da sua personagem ao invés de criar um tipo de
compaixão, gera uma sensação incômoda e por muitas vezes, de que estas sendo
tratado como idiota. Outro ponto que assusta também é que todos os
personagens, exceto de Dakota, conseguem terminar o filme com desfechos
satisfatórios de acordo com a proposta do filme. E mesmo sendo secundários, são
mais atrativos e com arcos mais interessantes que a
protagonista.
Ao término do filme, Como Ser Solteira é um show de
falhas que ao seu fim que mesmo com um final que
parece ousado, não se sustenta por uma protagonista extremadamente horrível e
com o plus de um show de horrores que é Dakota Johnson. Não se reclama em ter comédias românticas
que desconstroem o paradigma de final feliz ou personagens
impecáveis. Mas empatia faz bem à saúde do filme. E também o bem
estar do espectador.
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