Resident Evil 5, Ruby Sparks e muito mais ...

Resident Evil 5 Retribuição – *


Paul W.S. Anderson para os gamers que também gostam de cinema caminha entre a importância e o ódio. A importância fica clara em ter feito um dos filmes mais fieis baseado em um videogame que é Mortal Kombat. Porém a genialidade cai literalmente por terra levando adiante uma das franquias mais queridas no videogame, porém fortemente odiada pelos fãs, Resident Evil.

Já no ultimo filme, parece que o mesmo esqueceu o verdadeiro sucesso do filme de Mortal Kombat que foi a coerência em sua adaptação que mesmo sabendo do limitado que é a passagem do jogo ao cinema. Em RE Retribuição isso passa longe de tudo que se imagina. Uma trama desnecessária que chega a um determinado ponto que o espectador deseja jogar tudo para o alto. Ao mesmo tempo lembra-se da pior maneira um cosplay de luxo já que os atores que fazem os personagens dos jogos (menos Alice, claro) estão vestidos iguais e de par de igualdades diálogos medíocres. (destaque negativo para o tom de voz ridículo de Sienna Guillory para Jill Valentine).

Mesmo com as cenas de ação sendo espetaculares e uma Milla Jovocich fazendo seus melhores golpes em uma personagem tão icônica quanto Leeloo, o filme é um puro desrespeito a coerencia e ao bom senso. Após a sessão e ver uma inevitável tentativa de continuação, a única coisa que resta que todos os produtores de outros jogos que não cometam os mesmos erros que a Capcom fez que é conseguir desvirtuar e transformar sua maior mina de ouro em um desastre sem precedentes.



Ruby Sparks, A Namorada Perfeita - **** 1/2

Muitas vezes um filme romântico não apenas se foca em um romance de ambos, também serve como se fosse um analogia de si mesmo já que por muitas vezes, um romance nos ajuda a conhecer a si mesmo. A história de Ruby Sparks também se mistura entre o fantástico e o concreto.

Um jovem escritor que após ter feito sua obra prima entra em uma crise psicológica. O seu psicanalista o recomenda que ele escreva o que vê nos sonhos. E de repente, de uma personagem criada de seus sonhos se torna realidade. Assim nasce Ruby. O curioso é que ele descobre que pode também moldar o comportamento da mesma com sua maquina de escrever. Claro que nesse tipo de historia sempre existirá os altos e baixos de qualquer narrativa, porém a sinceridade da mesma faz a diferença. Zoe Kazan cria uma história sincera sobre a dificuldade de um jovem se relacionar e que muitas vezes com o medo de perder esse amor, começa a perder o controle. Nada disso seria crível com a química maravilhosa do casal Paul Dano e Zoe Kazam (que estão juntos na vida real). Também destaque ao seu elenco que brilha em suas respectivas cenas.


Claro que para muitos, a expectativa de um filme pós uma obra prima pode pesar, principalmente no caso da dupla Dalton/Faris que após uma obra prima como foi Pequena Miss Sunshine pode até frustrar. Porém se analisa de uma maneira bem sincera, um filme pós-obra prima já que descobre o verdadeiro valor de um artista. E no caso desses dois está mais claro que se imagina. Tratar de temas que já foram contados milhões de vezes, porém com um coração aberto e sempre buscando ser verdadeiro.

A Ultima Esperança da Terra – ** 1/2

Segunda adaptação do livro de Richard Marterson, Eu Sou A Lenda, e estrelado por Charlton Heston detêm pontos interessantes que faltou e muito na adaptação de Will Smith lançado a alguns anos atrás. O maior e o melhor foco é a transformação dos “vampiros” em pessoas albinas nos quais acredita que sua nova condição é considerada uma purificação de uma sociedade colapsada por guerras. E que o personagem Neville é a representação ao passado que eles não querem viver de novo. Um filme bem claro no qual o destaque é a batalha entre o senso comum que desta vez está ao lado dos “vilões” contra a ciência que está protagonizada pelo Neville.

Tirando isso, o filme é marcado pelo tom canhestro de Heston e por uma fita no qual as cenas de ação ou de suspense não conseguem empolgar. Até mesmo as pequenas reviravoltas que acontecem na trama não deixam o espectador empolgado. Talvez se o novo filme tivesse mais seguido a linha de história desse filme, seria bem melhor. Vale pelo conhecimento ao gênero e pelo debate que o mesmo consegue criar, porém nada mais.

Comentários

  1. Bom, Resident Evil 5 parece um videogame no modo demonstração, mas até que não achei tão ruim para uma série que desde o segundo filme só apresenta bobagens, hehe.

    Já Ruby Sparks é mesmo um belo exemplar de um filme sensível, emocionante e verdadeiro. Gostei muito também.

    abraços

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  2. Depois de ler isso, só digo uma coisa: ainda bem que não perdi o meu tempo com o novo RE. Aliás, acho que desde o segundo deixei isso pra lá.
    Agora, é sério que você gosta de Mortal Kombat. Eu acho um horror! Hehehe.

    Beijocas,

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  3. Daqui só vi o Ruby Sparks e acho um filme simpaticíssimo, mas nada demais. Acho até óbvio em certos momentos. O que mais me encanta é a naturalidade como que essa garota entra na história. E eu entendo quando você fala das expectativas depois de uma grande obra, mas é impossível não considerar isso quando os diretores aqui fizeram um filme tão cheio de camadas como Pequena Miss Sunshine. De qualquer forma, Ruby tem sua graça, mas acho que vai se tornar um filme facilmente esquecível.

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