Postagem Dupla de Jogos Mortais: O Game e o VI

Assim como todos os anos, aprendemos que Carnaval, natal, vestibular e ENEM tem todo o santo ano. Na ultima década, o que está sendo como se fosse um evento prévio é com certeza um filme da franquia de Jogos Mortais. Não soa estranho que começamos novembro sem alguma resenha de Jogos Mortais. Mas antes de comentar sobre o sexto filme da franquia, irei comentar sobre o recém lançado jogo Saw – The Videogame (Konami) para Xbox 360, Playstation 3 e PC.

O enredo do jogo escrito pelos criadores do primeiro filme Leigh Wanhell e James Wan tem como ponto de partida os eventos posteriores ao primeiro filme, no qual Jigsaw (o ator Tobin Bell volta a colaborar ao enigmático assassino) consegue salvar o detetive Tapp de uma bala recebida no final do primeiro filme e com ele, inicia um jogo mortal com o pressuposto de que a obsessão do detetive pelo Jigsaw foi tanta que estragou a sua vida e assim como a franquia cinematográfica, Jigsaw dá uma “oportunidade” para o detetive mudar seu conceito de vida.

Antes de entrar afundo na critica ao jogo, lembramos do primordial. Mesmo não sendo fã da saga é bom lembrar os seus grandes méritos que essa saga conseguiu em tão pouco tempo. Hoje se tornou até uma tradição no cinema americano de terror estrear um filme da saga em seu momento apropiado, que é o Halloween. Sempre conseguindo bons índices de bilheteria e sangue em tela, apesar de que a medida que passou os filmes a qualidade dos filmes a cada dia aumentou e se tornou extremamente chato para alguns. Exemplo disso, de muitos cinéfilos deixarem de acompanhar a saga por ter quase todo ano isso, a qualidade que caia a cada capitulo e principalmente de evidenciar um subgênero que muitos acham um ultraje que é o torutre porn. Hoje, o sexto filme da saga mesmo sendo considerado o melhor filme da saga depois do primeiro filme amargou um relativo fracasso nas bilheterias arrecadando até menos do que o primeiro filme em seu final de semana de estréia. Mas também a febre da Atividade Paranormal está dominando o cinema americano atual e ao mesmo tempo reforçando a idéia de quem não viu de que se é um hype ou não.

Pois bem, o jogo é um survivor horror com o universo do jogo. Por muitos momentos lembra e muito Silent Hill por sua ambientação e pelo sons macabros que é omitido durante o jogo. Para se ter uma idéia, a morbidez do local de jogo, que se passa dentro de um hospício é tanta que nem os filmes conseguiram ter a metade da morbidez do jogo. E a cada passo que se dá, parece que o jogo faz com que entre em pânico assim como os personagens do filme, já que é torna muito fácil perder a paciência e a compostura e sofrer alguns sustos.

A dificuldade do jogo nem é tão difícil, mas também não é para se dizer que é fácil. Em alguns desafios de inicio pensa-se que é muito fácil passar, porém a cada passo de fase, os desafios que pareciam bem fáceis se tornam complicadas e juntando com a dificuldade de alguns desafios, é que consegue aumentar as dificuldades. Além, claro das principais armadilhas que se comportam como chefões de fases e fica a surpresa de algumas engenhocas serem tão incríveis que lamentamos a falta deles na tela grande, principalmente a mais “belíssima” de todas, The Iron Maiden.

Outro exemplo legal é que podes usar qualquer objeto jogado como arma. Desde bisturis, tesouras, braço mecânico, tacos e o mais famoso dos filmes que é o taco com pregos no qual faz um dano irremediável. Um dos problemas do jogo se reside ai que é o sistema de combate, já que por muitas vezes, podes usar o taco e não atacar o inimigo e uma das armas mais poderosas do jogo é por incrível que pareça... É o próprio punho do jogador.

Em seu resumo, Saw the Videogame surpreende em ser uma boa adaptação de uma saga cinematográfica para o mundo dos games, no qual quem é realmente fã da saga sentirá que o jogo tem um grande potencial e que merecia ter ido ao cinema pelo seu rico conteúdo. Para quem não é fã, pelo menos é um survivor horror sem monstros alienígenas ou zumbis que o principal inimigo é o sentimento de sobrevivência que explode no que está em seu redor, além dos desafios existentes no jogo. Dá até pena, poderia ter sido o melhor filme da saga... Sério mesmo.

Já o sexto filme da franquia. Agora quem assume a direção do filme é Kevin Greutert que sempre esteve envolvido com a saga de Jigsaw sendo editor dos últimos 5 filmes da franquia, e de também editar um dos melhores filmes de terror do ano passado, Os Estranhos. Nesse novo capitulo existe três focos distintos que se conectam durante o desenrolar do filme. Uma envolve o detetive Hoffman que percebe que o cerco contra ele está cada vez mais se fechando, a outra é sobre a viúva Jill que começa a executar o testamento de Jigsaw e por ultimo, um dono de uma seguradora é testado em mais um jogo sádico de Jigsaw.

O roteiro escrito por Marcus Dunstan e Patrick Melton tem duas bases primordiais. A primeira e a fundamental de todas é que praticamente todas as lacunas deixadas nos últimos capítulos são respondidas claramente no sexto filme e principalmente fecha a história original do mito de Jigsaw. Outro ponto e que deve ser comentado é que existe um teor critico social sobre a questão da problemática da saúde americana, que no qual o filme critica sem nenhum pudor os defeitos desse tipo de sistema e o mais interessante é que os jogos intercalam com a critica que o filme faz.

As armadilhas nesse episódio continuam como os fãs gostam, pelo menos são mais curiosas do que o filme passado e tem teve a oportunidade de jogar o jogo para PC, irá sentir que existe muito mais a opção causa/conseqüência do que as armadilhas impossíveis de passar dos outros filmes anteriores, principalmente do 3 e 4. Também a trilha sonora de Charlie Clouser deixou de ser irritante como em outros capítulos, porém considero que a trilha do jogo foi bem mais macabro do que a obra original. E principalmente a entrada de Kevin na direção foi o ajuste final que a franquia necessitava. Ele realmente não poupa da violência e que consegue resgatar “vigor” perdido da saga. Além de ser o mais bem dirigido de todos.

Jogos Mortais 6 encerra a franquia original com um desfecho que muitos fãs ou sensatos que acompanham a franquia desde o primeiro queria ver. Um filme que tem uma boa história (ou pelo menos conseguiu prender até o fim), boas cenas de gore, a melhor atuação de Tobin Bell de toda a série e principalmente temas que merecem uma boa reflexão. Mas infelizmente surgirá um novo capitulo da saga ano que vem, mas para aqueles que queriam acompanhar o grande plano de Jigsaw, o sexto é decisivo em tudo. Bem melhor do que finais das novelas da Globo, que sempre faz um grande desenvolvimento para entregar uma bosta, já Jogos Mortais 6 precisou saber acertar e errar para entregar um final digno de se ver.



Ficha Tecnica

Jogos Mortais 6 (Saw VI)
Diretor: Kevin Greutert
Elenco: Tobin Bell, Costas Mandylor, Besty Russell, Peter Outerbridge, Mark Rolston, Samantha Lemole e Shawanne Smith como Amanda
Gênero: Terror
Cotação 75%







Saw The Videogame
Plataformas: Xbox 360, Playstation 3 e PC
Produtoras: Zombie Studios e Konami
Gênero. Survivor Horror
Cotação - 80%

Comentários

  1. Por enquanto cheguei apenas na parte III e a série não deixa de ser interessante.
    O longa original é ótimo, extremamente criativo e assustador.

    Abraço

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  2. Gosto da Franquia. Embora ainda não tenha assistido o quinto. A ordem para mim fica:

    1º Jogos Mortais
    2º Jogos Mortais 4
    3º Jogos Mortais 2
    4º Jogos Mortais 3

    Mas,tenho certeza que os demais ultrapassam o terceiro que achei realmente ruim. Quanto ao jogo, só ouço elogios.

    Abraços!

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  3. De "Jogos Mortais" só gosto muito do primeiro e um pouco do segundo - os demais são detestáveis na minha opinião, nem vi o quinto ainda (e nem pretendo, rsrsrs).

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  4. Só você mesmo, João! Eu desisti dessa franquia faz tempo!!!

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  5. O primeiro filme é excelente. Os outros não me agradam tanto, mas vou sempre no cinema ver cada um dos filmes da franquia. Esse vejo quarta, depois volto pra comentar.

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