500 Dias com Ela

Existem musicas interessantes que sempre serão o toque final para determinados momentos. Quando conquistas algo importante, quando caminhas na rua e principalmente quando estamos apaixonados. Parece que quando estamos vivendo esses belos momentos as rosas são as mais vermelhas possíveis, o cheiro do jasmim entra no nosso peito e renova tudo que está por dentro. E quando termina? O que acontece com esse brilho? Desaparece? A ilusão se torna realidade?

Perguntas assim são feitas e ao mesmo tempo respondidas em 500 Dias com Ela, a comédia romântica independente do ano. Estrelado por Joseph Gordon Levitt e Zooey Deschanel conta a história de Tom (Gordon Levitt), um arquiteto que trabalha numa empresa de cartões que em uma dessas reuniões conhece a Summer (Deschanel) e daí inicia uma relação no qual ele acredita que é perfeito porém desconhece uma coisa, da própria Summer.

Dirigido por Mark Webb, diretor de videoclipes sendo um dos seus famosos é de Make a Move do Incubus, em seu primeiro longa metragem fala sobre a realidade (dependendo de quem vê o filme) dos relacionamentos atuais. Em uma linguagem videocliptica, mas com essências cinematográficas belíssimas, principalmente quando se refere ao inesquecível Ingmar Bergman. Outro fato interessante é de como ele é um filme acessível sem cair nos maniqueísmos do gênero romântico e diferentes desses tipos que estamos vendo atualmente, como Lua Nova, Um Amor Para Recordar e etc, ele toca no que pode se dizer, no que é palpável e que se torna muito mais fácil o espectador sentir o que eles sentiram.

Joseph Gordon Levitt faz uma atuação segura e contida, que consegue muito bem representar muitos rapazes ocultos dessa sociedade cruel que ainda conservam o dom da esperança do amor pleno e verdadeiro, um grande personagem para se dizer a verdade. Zooey Deschanel é a graça em pessoa. É daquelas atrizes que dando um papel adequado ao que é a personalidade da atriz, tudo funciona tranqüilo e nesse filme não é diferente. Mesmo para uma personagem que merece um total desprezo desse homem que escreve já que ela representa tudo de ruim de uma ilusão amorosa e o pior de tudo, que tanto ele e principalmente ela, são tão reais que qualquer um é pego de surpresa em saber que em um dia, viveu ou viverá uma situação assim.

E está ai um dos problemas que não funcionou com esse espectador. O filme mostra todas as etapas desse sentimento em sua plena realidade. E por muitas vezes sentir a dura realidade do fim. Queríamos viver as letras românticas de nossos artistas favoritos e por um momento acreditar que eles fizeram essas canções pensando em nós, ou no que nós vivíamos em uma relação mas sabemos que é impossível e que a tentativa de pensar que o destino está em nossas mãos ou que podemos controlar é impossível. Praticamente se torna uma experiência meio que desagradável para quem já viveu o filme.

A vida imita a arte ou a arte imita a vida, isso ninguém sabe, o que eu sei é que 500 Dias com Ela é um filme sincero sobre as idas e vindas de um romance no qual não é aqueles exagerados como se vê ultimamente que trata buscar a idealização perdida de um romance. E sim um romance crível e real que muitas vezes o final pode ser feliz para um e não para o outro, porém lembrando que nunca devemos desistir de ter alguém ao nosso lado. Um bom filme.

Ficha Tecnica
500 Dias com Ela (500 days of Summer)
Diretor: Mark Webb
Elenco: Joseph Gordon Levitt e Zooey Deschanel
Gênero: Drama/Romance/Comédia
Cotação: 70%

Comentários

  1. Sem dúvidas que um filme apaixonante. Gostei mais que você, mas acho que foi realmente a simplicidade que me conquistou.

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  2. Faço minhas as palavras da Kamila. PRECISO ver este filme. E urgente.

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