O seu sucesso é a minha inveja, frase que poderá bem definir o inicio da ruína de Benjamin Baker, um barbeiro de sucesso na Londres do final do século XIX, que despertou inveja no juiz Turpin que com seu poder, mandou prender o barbeiro inocente que depois de vários anos volta com um espírito implacável de vingança, uma nova identidade e planeja com uma viúva que é proprietária das piores tortas de Londres um implacável plano para recuperar a sua filha, Johanna e saciar sua sede de injustiça e ódio.
A história do barbeiro assassino já foi contada para o cinema e para tv muitas vezes. E Burton gosta de projetos que desafiam a sua própria reputação, principalmente quando o assunto é remake quando em um foi bem criticado (Planeta dos Macacos) e outro ovacionado ( A Fantástica Fabrica de Chocolate) porém na adaptação da peça de Christopher Bond, a história divide opiniões.
O roteiro do filme é no mínimo curioso, tenta criar no espectador uma sensação de que algo surpreendente irá acontecer, mas ocorre algo que quem acompanha filme de horror sabe de cor, precisa dizer? Em questão técnica o filme é um primor e com selo Burton de qualidade, apesar dos créditos iniciais parecerem reprise sanguinolento de A Fantástica Fabrica de Chocolate.
As atuações são incríveis, para os coadjuvantes como Timothy Spall (o rapaz conseguiu o feito de fazer outro capanga de vilão legal); Sasha Baron Cohen que mesmo com poucos minutos em cena, conseguiu fazer o espectador rir mesmo com um personagem desprezível; e a revelação Ed Sanders, o garotinho que além de roubar a cena em momentos chaves espetaculares, é dono de uma voz que encanta qualquer um que assista o filme. Já Helena Bonham Carter faz uma atuação digna da atriz, esquisita até dizer chega, fazendo assim empatando com outro melhor papel dela, de Marla Singer de Fight Club, mas ela cantando é doloroso. Porém a atuação mais esperada para mim foi a mais fraca de todas, forçado até dizer chega, Johnny Depp pode ser um ótimo ator, porém esse personagem apenas foi uma recapitulação de alguns personagens criados pelo diretor, ora parecia o Victor Von Dort de A Noiva Cadáver e ora Beetlejuice. Não me agradou muito e que só melhora o ridículo no final com o desfecho típico dos filmes atuais de horror.
Misture os filmes musicais dos anos 50/60 com o gore dos filmes atuais e uma pitada de Escravas da Vaidade e terás Sweeney Todd. Se isso é uma pisada de bola, não posso afirmar apenas o que posso dizer que os fãs de Burton vão vibrar com todas as estripulias do diretor mórbido e ao mesmo tempo cheio de vida. Porém não vibrei quanto um fã poderia vibrar, mas dá para sentir em seu sangue jorrando uma sensação de que poderia ser melhor.
Sweeney Todd, O Barbeiro Demoniaco da Rua Fleet (Sweeney Todd)
Diretor: Tim Burton
Elenco: Johnny Deep, Helena Bonham Carter, Alan Rickman, Timothy Spall, Jamie Campbell Bower, Laura Michelle Kelly, Jayne Wisener, Ed Sanders e Sasha Baron Cohen.
Gênero: Musical/Horror
Cotação do Filme: 57% - Filme Assistivel
Eu entrei esperando ver algo que me agradasse e não me decepcionei, mas pelo que eu vejo minha opinião é bem romântica sobre o filme, pq eu gostei bastante... Qualquer coisa dá uma procurada lá sobre o que foi escrito no meu blog, rs, abraços...
ResponderExcluirEstou caçando esse filme nas locadoras feito um louco, mas nunca o encontro, acabou de ser lançado e tá dificil de achar... falaram jpá que as musicas não sao tao boas, mas o clima que o diretor impoe é otimo... sou fa dessa dobradinha burton e deep...
ResponderExcluirAbraços!!!
Permita-me discordar de vários pontos de sua crítica. Acho que apesar das falhas do roteiro e uma ou outra música não funcionar, o que Burton fez aqui é cinema de primeira classe. Desde a parte técnica impecável, ao elenco primoroso, as teclas nas quais o cineasta bate parecem ser sempre as certas. A jornada para dentro desse mundo é uma primorosa, e o proprório mundo reflete o nosso de uma forma incrívelmente irônica e macabra. É a visão do podre e do sombrio, como só Burton saberia fazer.
ResponderExcluirCiao!
Sem dúvida a crítica menos entusiasmada que já li sobre o filme.
ResponderExcluirNão achei um super-filme mas um bom filme sim.
Abraço!
João, "Sweeney Todd" é um filme perfeito do ponto de vista técnico. Nesse sentido, acho que é uma das melhores obras do Tim Burton. O personagem principal é perfeito para o diretor, que adora esses tipos que vivem à margem da sociedade. Do elenco, o que eu mais gostei foi o garotinho Ed Sanders.
ResponderExcluirBom final de semana!
Cara, eu classifico-o da mesma forma! Assistível, mas sem muitas pretensões! Johnny Depp está fantástico nesse filme!
ResponderExcluirEu achei excelente esse filme.
ResponderExcluirNão sou tão fã de musicais, mas se todos fossem assim eu seria um novo adepto desse estilo hehehehe
Extremamente divertido!
As músicas não são tão boas, mas são idênticas às da versão teatro, então não temos do que reclamar. Fotografia fúnebre excelente e ótimas atuações.
Daria um 9.0 para ele.
Esse tá aqui em casa, espero assistir hoje ou amanha.
ResponderExcluirDesse filme em particular, gostei bem mais do que você - a tragédia do personagem é grandiosa e segue sempre uma trilha coerente em relação aos seus personagens. É sim desconcertante, ora bizarro, mas me pareceu também único. Um dos melhores de Burton!
ResponderExcluirGostei muito. O tim burton é assim mesmo: às vezes peca pelo exagero e, de repente, quando menos se espera, ele inova os parâmetros e segue um caminho nunca seguido anteriormente. Fiquei sabendo pela internet que ele pretende uma refilmagem do clássico Alice no país das maravilhas. Fico imaginando o resultado!
ResponderExcluirPoxa, tó isolado, fui um dos poucos que não conseguiu embarcar como deveria ... essa resenha estava guardada a tempos ... desde quando vi o filme no cinema ... se eu rever hoje ... quem sabe ... mas é aquela coisa Burton tem um curriculo respeitado, porém faltou algo nesse filme ... abraços a todos!
ResponderExcluirOlha,
ResponderExcluirBurton não me decepcionou nem um pouco! Achei o filme de uma criatividade e agilidade incrível, uma direção delicada mas muito bem cuidada. Só que é fato a depressividade e tensão psicológica excessiva que o filme transmiti, de maneira as vezes cansativa!
Abraço