Na resenha que vocês irão ler é dos filmes que foi baseado em uma tragédia que aconteceu com um grupo de cinco jovens. O fato é muito assustador por que não aconteceu com pessoas mais maduras, e sim com jovens que mal saíram da puberdade e ao mesmo tempo, indiferente de idade. O que aconteceu naquele dia, ninguém gostaria de ver e sentir. E o que era para ser um domingo ensolarado e tranqüilo de agosto, se tornou no pior pesadelo. Um ano depois, um jovem diretor chamado Tobe Hopper, junto com Kim Henkel, fez um longa metragem sobre esse bizarro relato que quase 30 anos depois, o diretor e agora produtor, Micheal Bay escolheu esse longa para ser o primeiro filme da sua nova produtora a Platinum Dunes, uma produtora que faz filmes, ou melhor, remakes de filmes de terror de baixo orçamento. O filme é... The Texas Chainsaw Massacre (O Massacre da Serra Elétrica).


O original sem duvida é marcante, mas o que aconteceu com ele depois é que reforça mais a tese que é um dos filmes mais importantes da história do cinema e principalmente do horror. O filme ganhou 30 milhões de dólares e no mundo ganhou o que se estima, 100 milhões de dólares. Olhando de primeira pensa-se que o filme ganhou pouco. Porém o filme custou apenas 140,000 dólares e ainda foi distribuído por uma empresa que distribuiu o “clássico” Garganta Profunda. Já o remake também ganhou dinheiro. Custando 9 milhões de dólares, o filme arrecadou 80 milhões de dólares só no mercado americano e fez a sua parte, porém não foi tão lucrativo quanto o original, porém fortaleceu a empresa de Micheal Bay tornando assim a única produtora decente de horror e especialista em reavaliações de filmes de horror.

Porém o que difere nos dois é o modo de como a história é contada. No original o grupo de jovens estava indo para visitar o túmulo do avô da principal, Sally. Porém o caixão foi violado e de quebra outros túmulos foram violados. Além disso, depois de darem carona a um homem perturbado mentalmente que literalmente foi expulso do passeio, eles se tornam vitimas de um grupo de maníacos canibais onde um tinha a bela peculiaridade de usar uma serra elétrica. Já no remake, um grupo de jovens, tinha vindo do México a passeio (de coisas ilícitas...) e durante esse belo passeio, eles avistam uma garota visivelmente perturbada, dizendo coisas assustadoras e depois se suicida. Com isso eles tentam avisar ao xerife que algo está errado, porém o “intrépido” grupo cai numa armadilha terrível que a cidade criou para eles. Mas a verdadeira base desse filme é a história verídica de um assassino chamado Ed Gein, que cravou nos anais da história da criminologia que tinha como suas características, necrofilia e canibalismo. E não só foi base para esse filme não. Também se encontra características desse assassino em Psicose e O Silencio dos Inocentes.

Dois pesos e duas medidas, assim devem ser analisados O Massacre da Serra Elétrica. O primeiro elemento a ser analisado é o roteiro. Já no original tem um roteiro bem simples, nada de maravilhoso, pelo propósito do filme nem adianta pedir um roteiro grandioso, mas que pelo menos que tenha uma linearidade para o espectador não se perder. No remake se preocupou em não reprisar principais fatos do original e colocou mais ingredientes para o filme ficar sombrio colocando personagens mais macabros.

O segundo ponto é a direção. De inicio, Tobe Hopper no seu segundo filme, faz um filme que lembra um documentário, por causa da pouca verba. Já no remake já tem status de superprodução, por que filme de horror de 9 milhões é superprodução. Porém, Tobe Hopper entrega ao espectador de uma maneira crua e feroz. Enquanto o remake com a direção do calejado diretor de videoclipe Marcus Nispel faz uma direção de primeira, porém sem aquela alma que tem no original tinha, mas faz algo curioso: é o primeiro filme da saga de Leatherface que mostra a serra decapitando um membro do corpo.

E o ultimo peso, porém o mais importante. O grande protagonista: Leatherface. No original ele é uma peça fundamental sendo que o grande astro do original é a família de canibais, que conseguiu protagonizar, uma das seqüências de maior agonia do cinema do horror gore. Já do remake, o cara parece um lutador de luta livre, porém muito mais violento do que o original, mas ele se torna um mero coadjuvante perto do Xerife Hoyt, brilhantemente interpretado por R Lee Ermey. E alguns personagens e pelo jeito como a banda tava tocando, colocou mais personagens pseudo-assustadores, para causar mais medo a essa nova geração.

Assim vendo os dois filmes percebo uma coisa: o original pode ser mal feito, escuro pra burro, baixíssimo orçamento, mas tem algo que mexe com o espectador, é insano, é doentio, bizarro ao extremo. Já o remake é perfeitamente técnico, tem uma ótima estética, porém, é um corpo sem alma, um filme que tenta chocar, mas nessa tentativa se perde totalmente, entregando cenas gratuitas e sem graça. Até o seu sucessor consegue ser melhor do que esse. Uma pena.

Apesar do seu remake ser um filme sem alma, com certeza quando se fala nesse filme, não está apenas citando uma obra qualquer, sim de um dos filmes que provaram que fazendo de corpo, alma e vontade poderás marcar na história. E esse filme com certeza marcou. Um dos melhores e mais doentios já feitos, esse filme se chama... The Texas Chainsaw Massacre.

Comentários

  1. O Massacre da Serra Elétrica (primeira versão) é um dos melhores filmes de horror que eu já vi, filme perfeito e definitivo!

    Esse remake, sinto muito, mas é totalmente desnecessário, usando o nome do primeiro como trampolim para arrecadar dinheiro e chamar a atenção. Um filme inutil feito para o publico de hoje que não conhece as verdadeiras bases do horror!

    Abraços, meu caro!

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  2. HUM, o masacre é foda, bom terror. e a versao nova nao é ruim, pelo contrario, o elenco é responsavel, e apesar dos cliches as cenas sao bem empoolgantes.

    parabens pelo texto joao.

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  3. Assisti a um The E!True Hollywood Story sobre O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA.É curioso tb perceber q o diretor do original afirma q sempre quis deixar uma marca de humor na série,tanto é q exagerou na dose no segundo.Tem até aquele famoso com a Renée Zellweger e o Matthew Macgonaghey,q dizem os dois fizeram de tudo para adiar o lançamento já q com a carreira decolando naum queriam ver seus nomes veiculados à série.Achei o segunod correto,mas como vc disse é mais um corpo sem alma como acontece com a maioria das produções do Michael Bay...

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  4. Tenho pouco a dizer, já q vc já conhece a minha opinião de outros carnavais... hehehe

    Só reforço o coro de que o original é muito melhor.

    E parabéns pelo blog! :)

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  5. João, não conheço o filme original e só assisti ao remake de Tobe Hooper. O remake é um filme legal, principalmente pelo estilo documentário de filmar que o Hooper adotou.

    Bom final de semana!

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  6. Eu ainda não vi o original, mas gostei do remake! O ritmo é agradavél, a trilha sonora e os personagens também...
    Talvez eu veja o original e goste mais é claro, mas gostei bastante do remake!
    Abraço
    http://eco-social.blogspot.com/

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  7. Johnny, publicado no blog os prêmios da Cafeteria de Junho.
    abraço!

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  8. Só uma coisa, Kamila, Tobe Hooper não dirigiu o remake (ele pode ter créditos apenas pelo roteiro desse filme) e sim Marcus Nispel. Tobe Hooper dirigiu O Massacre da Serra Elétrica original, de 1974.

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  9. adorei o primeiro e original,acho que nao tem nem comparaçao pelo os demais,mesmo que seja antigo e tal,mas da um banhu nesses novos

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  10. tem gente que não gostou do original de 74 porque essas pessoas gostam de estilização gráfica,violência logo de cara(o que os produtores gostam de fazer para compensar a falta de criatividade)...mas o de 74 é,sem dúvidas,um marco na história do cinema e tornou a motosserra famosa como a máquina do mal!

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