O Albergue (Hostel) de Eli Roth






Em um passeio pela internet o diretor Eli Roth e um amigo dele acharam uma cursiosidade macabra; em um lugar na Tailandia, existe um grupo que paga uma bagatela de 10,000 U$s americanos para uma coisa: torturar. Claro que quem aceitava eram pais de familias que não tinham como sustentar a sua familia e se "voluntariam" para ser torturados para ajudar na renda de casa e ainda tem uma coisa, na Tailandia isso é uma pratica legal. Vendo isso, Eli Roth escreveu o roteiro, vendeu para a Lions Gate (que tá rindo a toa hoje) e amostrou a uma figura chamada Quentin Tarantino que pirou com a ideia e bancou o filme.

A partir da ideias das torturas, Eli Roth com o seu filme "O Albergue"(Hostel, 2006) conta-nos a historia de três mochileiros: Patxon, Josh e Oli. Eles só querem curtir a vida, durante a passagem a Amisterdan ( aonde a maconha é liberada e o tursimo sexual é normal) eles conheçem um tal de Alex e ele sugere aos viajantes de plantão um albergue localizado em Bratislava, na Eslovaquia (as filmagens foram na republica tcheca) , aonde se disserem que são americanos, eles teriam as mulheres mais belas aos seus pés (realmente elas são lindas) sendo que quando chegam lá, nem tudo o que parece, o que era pra ser sexo e diversão se torna o pior pesadelo.

Eli Roth foi cuidadoso na sua edição por deixar as coisas bem claras. o filme se divide em duas partes: a primeira é um tipo de humor de banheiro, vulgar e negro. e também é uma introdução aos personagens principais do filme que são Paxton (interpretado por Jay Hernandez) é um cara que aproveita os momentos. Josh (interpretado por Derek Richardson) que é um cara cuidadoso e responsável e Oli (interpretado pelo ator islandes Eyton Gudjnsson que ajudou Eli a divulgar Cabin Fever na Islandia) é um tarado de plantão e mostra também a trajetoria até o albergue. e quando começa a segunda parte, o riso é deixado de lado e entra o horror atraves da tortura e o diretor soube bem explorar tanto no campo fisico quanto no psicologico que inclui a mudança de carater do personagem Patxon, juntando isso com cenas chocantes e situações tenebrosas.

O roteiro do filme pode se dizer começa com uma grande bobagem de proposito com piadas infames com que fazem as mulheres ficarem chocadas pelas piadas e os homens cairem de rir principalmente com a cena da pochete nos momentos iniciais, mas no decorrer do filme ele começa a revelar denuncias sociais interessantes como criminalidade infantil (demostrada pela Bubble Gum Gang), corrupção, trafico de influencias e principalmente o por que das torturas se torne um centro de debates sobre os psicologos sobre os limites da mente do ser humano.

O elenco do filme basicamente não tem artistas famosos, mas com o orçamento de 4,5 milhões eles fazem e muito nesse filme. Jay Hernandez (foto) que interpreta Paxton consegue ser um personagem carismatico, gente boa que ao decorrer do filme sofre uma mudança drastica e forçada. Derek Richardson que interpreta o simpatico Josh apenas precisa ser modelado por que ele poderá (eu não sei) ser um bom ator(só apenas pegar bom papeis) e não é a toa que ele faz uma das cenas mais angustiantes do filme que lhe rendeu uma indicação ao MTV Movie Awards de melhor performace assustadora (pra mim ele ganha). O ator islandes Eythor Gudjnsson faz o personagem Oli, um tarado brincalhão que anda com os dois amigos, consegue protagonizar as sequencias mais engraçadas e infames pena que o destino do personagem é tragico. Mas destaque mesmo é para a atriz Barbara Nedeljakova (foto, a morena) que interpreta a mulher fatal Natalya, ela com seu rosto marcante, uma beleza descomunal consegue ter grandes momentos no filme e diz uma das frases mais assustadoras do filme que arrepia quem asssiste ao filme. Outro destaque também é da atriz asiatica Jennifer Lin (uns dizem que foi uma exigencia de Tarantino) que faz uma interpretação simples em compensação faz as duas cenas mais fortes do filme.

Nos aspectos tecnicos, o filme tem uma fotografia ao mesmo tempo bela quando amostra a vila e densa e pesada nas cenas das torturas. A maquiagem está muito bem feita e por que não perfeita pelo conjunto da obra. Também foi cuidadoso o diretor a exploração da violencia, ele preferiu usar sabiamente os efeitos sonoros, iluminação e conseguiu criar um clima tenebroso aonde a tortura fisica quanto a psicologia são fortes e angustiantes.

O diretor Eli Roth tem seus meritos por que ele prova nesse filme como uma simples viagem se transforma no mais puro horror, mesmo com o final o "bem vence o mal" ele entra em choque com alguns cliches como a ausencia de sustos (que para alguns é um ultraje pro gênero) deixar o sobrenaturalismo de lado (em cabana do inferno de inves de ser um demonio , o vilão é um virus) e separar o filme em dois atos que são distintos mas que se intercalam no ponto chave da trama.

Juntando tudo isso, O Albergue sintetiza pontos interessantes como a facilidade como o ser humano pode ser enganado com propostas indecorosas; não é só no brasil que tem corrupção e quem fala mais alto não é a sua voz e sim seu dinheiro; e principalmente aonde toca em um tema que para alguns psicologicos que é qual é o verdadeiro limite para as atitudes do ser humano, o que é prazer e o que doentio. Mesmo achando o filme ótimo (o que eu acho) ou destilamento de violencia extrema, ele veio ser mais um divisor de águas desse gênero que precisa urgentemente sofrer reformas de estilo e de jeito de como demostrar horror. E com certeza O Albergue conseguiu o que queria: Chocar o publico com um novo estilo de horror.

Nota : 9

Comentários

  1. OI mininu, caramba adorei a critica muito bem escrita ainda mais que eu me espantei com essa prática da tailandia =0o
    Adorei o blog, bem feito ^^
    Bijucaxx!

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  2. O QUE COMENTAR DE UMA COISA COMO ESSA???


    TA MUITO LAGAL KRA ....



    SHOWWWWWWWW DA BOLA.



    OLHA OS SEU COMENTÁRIOS NÃO SÃO PARA DARRUBAR + SIM PARA LAVANTAR...


    TA TUDO MASSA BEM FEITO.... LEGAL ...



    É AINDA + FALAR DA UMA FILME COMO ESSA, É RADICAL

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